NOSSA CONVENÇÃO.

NOSSA CONVENÇÃO.
"E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência." - Jeremias 3:15 (ACF).

COORDENADORIA

COORDENADORIA DO LESTE DE MINAS CIDADE DE CORONEL FABRICIANO MG e-mail do blog reverendorj@ig.com.br Entre em contato conosco. Através do nosso e-mail, você pode: - Enviar sua sugestão de matéria; - Divulgar o seu artigo; - Anunciar os eventos da sua igreja (caso seja da CNADF); - Solicitar parceria ou permissão para publicar nossos textos; - Enviar sua palavra de elogio ou de crítica. SOMOS PREGADORES DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nem a Igreja Católica escapou à espionagem dos EUA Documentos divulgados por Snowden denunciam ações da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos junto a papas



Nem a Igreja Católica escapou à espionagem dos EUA
Documentos divulgados por Snowden denunciam ações da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos junto a papas

Antonio Carlos Ribeiro


RIO DE JANEIRO - A publicação de cada nova denúncia em relação a países e personalidades espionados pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos é um novo golpe na estrutura de relações diplomáticas do país bélica e economicamente mais poderoso do planeta neste momento. O que o torna o mais empobrecido, diplomaticamente.
A fragilidade das relações diplomáticas surge mais uma vez nos embates que o pessoal da diplomacia sofre nos países cujos escândalos da demonstração excessiva de força foi denunciada por Brad Manning, no Wikileaks e, mais recentemente por Edward Snowden. Aqui surge a outra falência: a ameaça como meio eficiente de coibir os vazamentos.
A denúncia de espionagem do papa Francisco surge num contexto especialmente cruel para o governo de Barack Obama, e por razões distintas. A primeira situação é a denúncia feita em relação a empresas, cidadãos e à presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, que gerou o pedido de esclarecimentos. A resposta de que não responderia pela diplomacia incomodou. Depois veio outra pior: quer trabalhar junto com o Brasil nesta área.
Sem a resposta exigida, por escrito. Dilma cancelou a viagem em que seria recebida como chefe de Estado. Ela informou que levaria o caso à Assembleia da ONU e só aceitou um pedido do embaixador americano no Brasil: não divulgar que a decisão foi unilateral. Para tanto, ela consultou chefes de Estado da região, pela diplomacia, e mandou o Ministro da Defesa estabelecer o acordo para a defesa informática da região com Cristina Kirchner, presidente da Argentina.
Em Nova York, Kirchner hospedou-se no mesmo hotel de Rousseff e endossou as críticas a Obama, que ouviu tudo dos bastidores, antes de discursar. Depois veio a resistência de Putin à invasão à Síria e o não apoio do papa, que ainda orientou sua Igreja a proteger, cuidar e assegurar a vida de vítimas de guerra.

Na última semana foi a vez de Angela Merkel, chanceler da Alemanha, em discurso semelhante. A diferença apareceu no apoio latino-americano dedicado a Dilma, e o que foi negado pela Europa a Merkel, apesar de ofensas suaves de ministros alemães aos EUA.

No caso do papa Francisco, o desgaste pode ter sido maior, já que o catolicismo, além de incluir o fervor religioso, ultrapassa limites nacionais e regionais, prometendo uma inconformidade maior, já que os fiéis tendem a ver o sumo pontífice mais como pastor do que como chefe de Estado. Isso se agrava com o fato de jornalistas que cobrem o Vaticano desconfiarem que espiões dos EUA tivessem ouvido conversas confidencias antes da realização do conclave.
O fato é que documentos da Agência Nacional de Segurança dos EUA divulgados por Snowden mostram que a espionagem do Vaticano já havia começado entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, quando Bento XVI ainda era o papa.
Os antecedentes dessa situação são ainda mais graves. O Wikileaks divulgou documentos de que o papa Francisco já sofria espionagem americana desde 2005, quando era o cardeal Bergoglio, de Buenos Aires, Argentina. Isso implica que a espionagem americana, recentemente revelada, mostra a paranoia do Pentágono, que além de controlar seu governo e expor ao ridículo o presidente Obama, começa a provocar conflitos nos países ocidentais, dos quais os EUA querem ser cabeça.
Essa situação tem obrigado os militares que dirigem esse programa a revelarem dados como as quatro categorias usadas: ‘direitos humanos’, ‘intenções de liderança’, ‘ameaças ao sistema financeiro’ e ‘objetivos de política externa’ como princípio básico do que coletar e analisar, explicou James Clapper, diretor de Inteligência Nacional, sem nenhum pudor dos malefícios que os EUA têm gerado na vida de pessoas ao redor do mundo.
Agora já se sabe que a NSA mantém um posto de escuta secreta na Embaixada dos EUA em Roma, através da qual monitora políticos italianos, e na Embaixada em Berlim, valendo-se da isenção política e da inviolabilidade diplomática para fazer o que quiser, sem se dispor ao crivo de julgamento de ninguém, amparado apenas no apoio das demais potências em nome do clima de terror, criado para fragilizar e controlar.
O paiol de insatisfações em relação à arrogância, prepotência e deseducação nunca estiveram em tão alto índice. A pergunta é se a crise europeia, baseada no autoritarismo de direita que reinvade o velho continente, será suficiente para se deixarem convencer pelo simulacro de nova reestruturação e redistribuição do poder, enquanto trabalhadores são pressionados e punidos, e líderes mundiais parecerem fantoches do poder esvaziado, do qual resta apenas a força militar, tornando os EUA apenas essa máscara.

FONTE : Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)